Odontologia

O estudo conduzido pela Profa. Dra. Andréa Fonseca Gonçalves em parceria com o PIPA avalia a influência das condições nutricionais e da exposição a poluentes ambientais materno-infantis no desenvolvimento de defeitos de desenvolvimento dentário nos primeiros 1.000 dias de vida da criança.
 
A pesquisadora atua no campo da Odontologia, especificamente na área de Odontopediatria. Sua linha de investigação consiste em Odontologia para Bebês e Crianças na Primeira Infância, que versa principalmente sobre os seguintes temas: promoção da saúde, qualidade de vida, epidemiologia da saúde e cardiologia. Assim, essa linha de pesquisa visa observar os fatos que concorrem para a saúde bucal de bebês e crianças na primeira infância, definir modelos e sistemas apropriados para a prevenção de doenças bucais nessa população, e desenvolver mecanismos para intervenção na evolução de tais doenças, a fim de proporcionar melhor qualidade de vida para os acometidos e suas famílias.

Fisioterapia

O objeto do estudo do GENEP realizado em parceria com o projeto PIPA é a avaliação do desenvolvimento motor e tônus muscular das crianças acompanhadas pela coorte. Sob a liderança da Profa. Halina Cidrini Ferreira, pretende-se verificar se o desenvolvimento está ocorrendo da forma adequada e correlacionar os achados com os dados referentes aos poluentes ambientais dosados pelos pesquisadores. Os instrumentos utilizados, a princípio, serão a Escala Motora Infantil de Alberta, a escala de Ashworth modificada e o GMA (General Movements Assessment).

Programa Pesquisa para o SUS - PPSUS

Sob a coordenação da Profa. Dra. Denise Pires de Carvalho, o projeto “Efeitos dos Poluentes Ambientais na Saúde Materno Infantil” pretende evidenciar os riscos a curto e longo prazo da exposição a contaminantes ambientais com comprovado potencial desregulador endócrino em uma população de crianças nascidas na Maternidade Escola da UFRJ. O projeto é baseado nos resultados obtidos pelo Projeto PIPA, cuja estratégia é obter amostras biológicas dos cerca de 2000 partos que acontecem na Maternidade Escola por ano. 

Serão utilizadas parte das amostras biológicas coletadas para o estudo de parâmetros clínicos e laboratoriais associados à predisposição a doenças crônicas, como as cardiometabólicas, bem como possíveis alterações na regulação dos eixos neuroendócrinos. Assim, o projeto contribuirá para o entendimento das consequências da exposição a poluentes ambientais sobre a saúde materno-infantil.

Instituto de Biologia - UERJ (IBRAG)

Os professores Egberto Moura e Patrícia Lisboa desenvolvem seus projetos de pesquisa no Laboratório de Fisiologia Endócrina (LFE) do Instituto de Biologia, cujo principal foco de investigação são as doenças associadas ao desenvolvimento (Conceito DOHaD). Os pesquisadores investigam fatores nutricionais e ambientais que, durante o período perinatal, aumentam o risco de obesidade e disfunções endócrino-metabólicas. O LFE avalia parâmetros hormonais e neuroendócrinos em diversos modelos experimentais através de análises bioquímicas, morfológicas e moleculares. No projeto PIPA, o papel da equipe UERJ é realizar análises hormonais em amostras de plasma e leite materno.

Instituto de Biofísica Carlos Chagas

O grupo de pesquisa liderado pela Professora Titular Denise Pires de Carvalho desenvolve projetos de pesquisas no Laboratório de Fisiologia Endócrina Doris Rosenthal do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro. O principal foco de estudos é a Fisiologia e Fisiopatologia da glândula tireóide. Além disso, o grupo estuda a ação de contaminantes ambientais, desreguladores endócrinos, que podem causar disfunções tireoidianas e alterar o metabolismo que pode causar sobrepeso, obesidade, diabetes mellitus tipo 2. 

São avaliados parâmetros morfológicos, hormonais e bioquímicos de função tireoidiana e fatores de riscos cardiometabólicos em diferentes modelos experimentais, incluindo o modelo murino e o zebrafish e em humanos. A pesquisa é realizada em associação com grupos de pesquisa do ICB, da Faculdade de Medicina, do campus Duque de Caxias da UFRJ e da UFF. 

No projeto PIPA, o grupo irá avaliar amostras de sangue materno e de cordão umbilical, urina e leite materno. O objetivo é estudar o status da função tireoidiana e fatores de riscos cardiometabólicos em mães e crianças nascidas na Maternidade Escola – UFRJ por um período de 2 anos, e como os níveis hormonais e os fatores se correlacionam com os níveis de contaminantes ambientais analisados nas amostras biológicas estudadas. 

Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (CESTEH)

O Laboratório de Toxicologia do Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (CESTEH), da ENSP/FIOCRUZ, participa do Projeto PIPA através da linha de pesquisa de avaliação de resíduos de agrotóxicos, sob coordenação da Dra. Ana Cristina Simões Rosa, realizando análises laboratoriais em sangue, urina e leite materno, para a identificação de agrotóxicos piretróides e organoclorados, bem como bifenilas policloradas, nas amostras das mães e bebês. Os agrotóxicos podem ser ingeridos através de água ou alimentos contaminados com estas substâncias e grande número deles têm grande potencial de causar efeitos adversos à saúde humana, como alterações no sistema endócrino, neurológico, hepático, e até câncer, dentre outros efeitos.

Laboratório de Estudo, Pesquisa e Intervenção em Desenvolvimento e Saúde (LEPIDS)

Sob coordenação da Dra Ana Cristina Barros da Cunha e em parceria com o LEPIDS, Laboratório de Estudo, Pesquisa e Intervenção em Desenvolvimento e Saúde, fundado há 10 anos na Maternidade Escola da UFRJ (ME-UFRJ) e vinculado a Divisão de Estudos e ao Serviço de Psicologia da ME-UFRJ, o projeto de investigação da equipe de Psicologia conta com psicólogos formados pela UFRJ e alunos do Curso de Graduação em Psicologia da UFRJ para estudar o desenvolvimento das crianças da coorte do Projeto PIPA. Baseado na avaliação desenvolvimental dessas crianças, busca-se investigar indicadores de desenvolvimento sócio-afetivo, cognitivo, motor, adaptativo e comunicativo para analisar associações entre poluentes ambientais e desfechos para o desenvolvimento infantil, considerando variáveis psicossociais e de saúde mental materna por meio de instrumentos como a versão brasileira do Teste Screening do Inventário Battelle (Battelle Developmental Inventory, 2nd Edition), a Escala Depression, Anxiety and Stress Scale-21 e um Protocolo de Investigação de Variáveis Psicossociais das Famílias. Busca-se, assim, colaborar tanto para a condução e alcance dos objetivos do PIPA, como para a produção científica no campo da Psicologia do Desenvolvimento na Primeira Infância.

Fono UFRJ

O projeto de pesquisa “Estudo dos efeitos da exposição a poluentes ambientais sobre a saúde auditiva infantil”, sob coordenação da Profa Dra Maria Isabel Kós Pinheiro de Andrade, em parceria com o PIPA, visa investigar a influência individual e combinada das exposições a poluentes ambientais nos períodos pré-natal, de nascimento e na primeira infância sobre o desenvolvimento do sistema auditivo.

Para efeitos metodológicos, serão coletados dados referentes à triagem auditiva neonatal e realizados exames auditivos adicionais, ao longo do seguimento, a fim de avaliar a funcionalidade e desenvolvimento do sistema auditivo periférico e central. Esses dados serão estudados em conjunto com as informações de exposição coletadas por meio das amostras biológicas do projeto PIPA.

Tendo em vista que a audição é fundamental para o desenvolvimento de fala e linguagem e que a intervenção precoce é imprescindível no processo de reabilitação, esse projeto de pesquisa busca contribuir para o entendimento dos possíveis processos etiológicos de alterações auditivas relacionados à exposição a poluentes ambientais.

Instituto de Estudos em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IESC/UFRJ)

Logo do Iesc

O estudo “Exposição Longitudinal, Índice de Apgar e Efeitos do Desenvolvimento Físico em uma Coorte de Crianças Expostas ao Mercúrio da Área Urbana do Rio de Janeiro”, sob coordenação do Prof. Dr. Volney de Magalhães Câmara, professor titular do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IESC/UFRJ), e realizado em parceria com o PIPA, é uma pesquisa inédita que visa avaliar a exposição longitudinal ao mercúrio desde a gravidez até os 4 anos de idade de crianças residentes em uma área urbana da cidade do Rio de Janeiro. Será avaliado também o índice de Apgar e as possíveis alterações no desenvolvimento físico, neurológico e cognitivo infantil como consequência da exposição a este poluente ambiental.

Instituto de Química - UERJ

Instituto de Química da Uerj (400 x 200 px)

O projeto “Avaliação dos impactos ambientais de poluentes ambientais na saúde de nossos bebês”, liderado pelo Núcleo de Micro- e Nanoplásticos da UERJ sob a coordenação da Profª Drª Monica Marques Calderari, tem como objetivo avaliar os efeitos da exposição a micro- e nanoplásticos (MNPs) e seus aditivos, especialmente PFAs, em gestantes e bebês. O foco é desenvolver metodologias para isolar e caracterizar esses poluentes em amostras biológicas, quantificar sua presença, correlacionar sua composição com possíveis fontes de exposição, e entender os impactos potenciais na saúde infantil. A pesquisa também explora como a exposição aos MNPs e PFAs interage com o ambiente socioeconômico e cultural, contribuindo para a formulação de políticas públicas mais efetivas e sustentáveis, alinhadas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.