Inseticidas de uso comum no Brasil, os piretroides têm sido associado a efeitos nocivos à saúde, como atrasos no neurodesenvolvimento, problemas comportamentais e distúrbios endócrinos, se usados durante a gravidez e a primeira infância. Em artigo publicado na “Frontiers in Public Health”, pesquisadores do Projeto Infância e Poluentes Ambientais, o PIPA/UFRJ, investigaram a exposição de gestantes e seus filhos a esses compostos, medindo os níveis de metabólitos piretroides em amostras de urina coletadas pela coorte.
O trabalho, intitulado “Exposure to Pyrethroids in Pregnant Women and Children in Rio de Janeiro: Public Health Implications”, quantifica a presença de metabólitos piretroides em amostras de urina de 142 gestantes e de seus filhos, desde o nascimento até os seis meses de idade. A metodologia empregada envolveu análises bioquímicas que permitiram uma avaliação precisa da exposição a esses compostos.
Os resultados obtidos revelaram níveis significativos de metabólitos piretroides, tanto nas gestantes quanto nas crianças, indicando uma exposição constante a esses inseticidas. A pesquisa destaca a importância de se compreender as vias de exposição, incluindo a transmissão através da placenta e do leite materno, além do contato com ambientes tratados com essas substâncias.