Exposição a Metais, Resposta Imune-Inflamatória e Estresse Oxidativo no Projeto Infância e Poluentes Ambientais e no Projeto Bruminha.
A exposição pré-natal e na infância a metais tem sido associado à redução da resposta imunológica a vacinas, asma, alergias e doenças autoimunes em crianças (Lin et al., 2017; Rundle et al., 2018; Wu et al., 2019; Jedrychowski et al., 2013; Kim et al., 2013; Kindgren et al., 2019). Metais têm sido classificados como potenciais imunotoxinas associadas a efeitos de imunossupressão e imunoestimulação e o estresse oxidativo tem sido considerado o mecanismo subjacente à imunotoxicidade dos metais (Chen et al., 2008). Estudos epidemiológicos transversais e de coorte têm sugerido que metais no sangue do cordão umbilical e de crianças aumentam os níveis de marcadores de estresse oxidativo e inflamação (Ni et al., 2014; Luna et al., 2010; Ashley-Martin et al., 2015). Entretanto, poucos estudos avaliaram a relação da exposição a metais, resposta imune-inflamatória e estresse oxidativo concomitantemente. Diante do exposto, este projeto tem como objetivo avaliar a relação entre os níveis de metais no sangue do cordão umbilical de recém natos e no sangue e urina de crianças inscritas em dois estudos de coorte independentes (Estudo Longitudinal dos Efeitos da Exposição a Poluentes Ambientais sobre a Saúde Infantil, “Projeto PIPA”, e Estudo Longitudinal da Saúde Infantil em Brumadinho / MG, “Projeto Bruminha”) e biomarcadores imune-inflamatórios e de estresse oxidativo.
O objetivo deste estudo é investigar a associação entre níveis de metais no sangue do cordão umbilical de crianças nascidas na Maternidade Escola da Universidade Federal do Rio de Janeiro e no sangue e urina de crianças de 0 a 6 anos residentes nas comunidades impactadas pelos resíduos da lama do desastre de Brumadinho e biomarcadores de resposta imune-inflamatória e de estresse oxidativo.